Um cetro mágico comprado pela jornalista April O’Neill (Paige Turco) acidentalmente a transporta a para o Japão do século XVII. As Tartarugas Ninja também viajam no tempo, no intuito de salvá-la, mas Michelangelo (David Fraser) se perde do grupo. Para reencontrá-lo e salvar April, Donatello (Jim Raposa), Raphael (Matt Hill) e Leonardo (Mark Caso) precisam ajudar uma vila a enfrentar o malvado Lorde Norinaga (Sab Shimone).
96min – 1993 – EUA
Dirigido por Stuart Gillard com Elias Koteas, Stuart Wilson, Paige Turco, Vivian Wu e Sab Shimono. Roteiro Stuart Gillard e Peter Laird
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O terceiro e último longa-metragem live action das Tartarugas Ninjas dá continuidade às histórias vistas nos dois filmes anteriores. Se a segunda aventura dos adolescentes mutantes parece um longa caça níquel querendo ganhar alguns trocados com o sucesso do filme anterior, aqui isso é uma certeza. Na falta de uma boa história para contar, o terceiro filme da série envia os nossos heróis ao Japão Feudal de maneira besta e simplória.
A nova aventura começa em 1603 no Japão Feudal, o grande sol vermelho japonês marca vultos que cavalgam. Um plano lateral, ainda em tons de vermelho, nos revela uma praia onde os vultos cavalgam e percebemos que na verdade se trata de uma perseguição. A ação continua em uma floresta onde Kenshin, o perseguido, é encurralado. Quando saca sua espada temos um corte para a passagem de um metrô em Nova Iorque.
No esconderijo das Tartarugas, o mesmo encontrado no longa anterior, os ninjas mutantes praticam artes marciais numa mistura de dança e treino. Logo de “cara” nota-se que o design das Tartarugas está pior, sem o apoio da empresa de Jim Henson as “roupas” emborrachadas utilizadas nessa aventura ficaram bem abaixo do padrão dos filmes anteriores. Outra mudança é o visual de April O’Neil, mesma atriz do longa passado mas com penteado diferente (semelhante ao desenho animado).
April chega à morada de nossos heróis e traz presentes para todos eles. Assim que retira da sacola o presente do Mestre Splinter, que segundo ela é uma antiguidade japonesa que serve para marcar o tempo de cozimento de ovos, a trilha muda e fica mais sinistra. Enquanto isso no Japão do século XVII após confrontar seu pai o Lord Norinaga, Kenshin lê um manuscrito antigo com desenhos de seres iguais as Tartarugas Ninjas e na sequência encontra uma lanterna igual a que April leva de presente para Splinter. April segura a lanterna no presente, Kenshin no passado, e então as lanternas soltam raios e eles trocam de lugar. “Parece que o cedro tem poderes mágicos!” diz Splinter. Após essa sábia constatação, nossos heróis resolvem que têm que voltar ao passado para resgatar April. E quando voltam, é claro, arrumam altas confusões.
Casey Jones retorna! Mas é terrivelmente desperdiçado no longa. Ele é chamado para ficar de babá de Kenshin e Mestre Splinter, enquanto as Tartarugas voltam para o passado. Mesmo ficando de lado da aventura, Jones é o responsável pelas melhores cenas do filme. Ele derrota guerreiros feudais com um controle remoto e chega até a jogar hockey com eles. Para suprir a falta de Casey no passado, Elias Koteas (intérprete de Jones), também interpreta um personagem no passado, o Whit. O personagem é bem menos carismático que Casey Jones, mas ainda assim importante para a trama.
Quando voltam para o passado as Tartarugas se encontram no meio de uma batalha. E rapidamente podemos perceber que o tom caricato e de paródia permanece durante todo o longa. A singela homenagem a Clint Eastwood e aos duelos de faroeste é um bom exemplo. As cenas de luta porém relembram o primeiro filme, onde assumem um tom caricato, mas sem se esquecer de que são baseadas em artes marciais. Mas nesta aventura são bem mais escassas.
As relações entre os personagens são forçadas, enquanto April “entrosa” com Whit, as Tartarugas “entrosam” com os moradores da vila rebelde. Os relacionamentos são tão mal formulados que Michaelangelo salva o garoto Yoshi de um incêndio, Leonardo faz respiração boca-a-boca e reanima o menino que acaba melhor amigo de Raphael. E se nos longas anteriores algumas cenas eram bem planejadas e marcantes, nesse o destaque fica para cortes bestas como o de um camundongo no passado para o Mestre Splinter no futuro e de Mitsu presa em uma gaiola para o fraco vilão do longa Walker que brinca com seus pássaros presos em uma gaiola. A dublagem continua com suas pérolas, “Virou homem?”, “Tô dodói!”, “Parece até amarelinha” e “Tá na hora de mimi” são algumas das frases que nos fazem rir.
Sem um vilão de peso, com diversos problemas no roteiro e bem menos cenas de luta, As Tartarugas Ninjas III é um filme bem inferior a seus antecessores e se comprova um filme desnecessário para a franquia. Tão desnecessário quanto diversas sequências do longa: em determinado momento as Tartarugas planejam construir um novo cedro (já que o cedro orginal está em mãos erradas), e quando o novo cedro fica pronto elas simplesmente o quebram e param de falar no assunto. Uma viagem das Tartarugas Ninjas para o Japão Feudal poderia ter sido mais bem aproveitada.
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Nota do Sunça:
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