Esta é a história de três artistas: Edward (Gael García Bernal), vaidoso diretor de cinema que precisa refilmar o final de um longa contra sua vontade e de repente começa a ter problemas sexuais. Michelle (Mariana Ximenes), modelo brasileira que deixa namorado e carreira nos Estados Unidos para voltar ao seu país e escrever um livro. E Emma (Alison Pill), que, desesperada para retirar seus implantes de silicone, recorre a meios duvidosos para ganhar um dinheiro extra.
98min – 2016 – Brasil
Dirigido por Pedro Morelli e roteirizado por Pedro Morelli e Matt Hansen. Com: Gael García Bernal, Alison Pill, Mariana Ximenes, Jason Priestley, Don McKellar, Jennifer Irwin, Luisa Moraes, Tyler Labine, Michael Eklund, Tyler Labine, Michael Eklund, Claudia Ohana, Clé Bennett
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Zoom é um grande exercício metalinguístico. Sua trama, repleta de referências pop, conta com três histórias paralelas que utilizam como ligação a arte e o sexo. A temática principal fica clara em seus momentos iniciais, quando acompanhamos a confecção de uma boneca erótica em paralelo com uma cena de sexo.
Alison Pill é Emma uma quadrinista que trabalha confeccionando bonecas eróticas e que almeja seios maiores. Edward (Gael Garcia Bernal) é um cineasta promissor que deseja realizar uma obra autoral porém está na direção de um blockbuster. E Mariana Ximenes interpreta Michelle uma modelo que deseja ser mais que um “rostinho bonito” e então se dedica a produção/escrita de seu primeiro romance. É um quadrinho a respeito de um diretor que produz um longa sobre uma escritora que têm como protagonista de seu livro uma quadrinista.
No longa as histórias paralelas se tornam uma única trama. A crítica sobre a busca pela perfeição seja em nosso corpos e/ou no ambiente, nossa necessidade de sermos aceitos pela sociedade, são os principais pontos explorados. Zoom mistura animação em rotoscopia com live-action e suas linguagens, assim separando as histórias paralelas e criando um visual apelativo. É legal perceber que os traços do quadrinho (A parte de animação da trama), vão se preenchendo e completando a medida em que Pill encaminha sua obra.
Em alguns momentos a mistura dessas linguagens, motivações, tramas e técnicas, parece original e inovadora. Já em outros momentos não. Originalidade a parte, é um filme com um bom roteiro e bem conduzido. E se a preocupação com corpos perfeitos e estética da beleza pairam (literalmente em algumas cenas do filme) sobre as cabeças dos protagonistas é no encontro das histórias que temos os grandes momentos do longa. E quando Zoom abandona o questionamento da busca pela perfeição traz uma interessante discussão entre arte e mercado. Em uma boa cena faz piada com o merchandising ao mesmo tempo em que o executa.
No fim fica a sensação de que Zoom poderia e deveria explorar melhor os assuntos que coloca em pauta. A forma é o interessante, o foco é a estrutura e o que presenciamos é um longo exercício de estilo que, como o personagem de Gael Garcia, busca mostrar para o mundo que não é apenas bidimensional.
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Nota do Sunça:
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