Auxiliado pelo dr. Baxter Stockman (Tyler Perry), o Clã do Pé planeja libertar o vilão Destruidor (Brian Tee) exatamente quando ele é transferido para a prisão. Após o plano de resgate ser descoberto por April O’Neal (Megan Fox), as tartarugas ninja entram em ação para impedi-lo – só que fracassam graças à iniciativa de Krang, um ser alienígena que planeja invadir a Terra. Para enfrentá-los, as tartarugas contam com a ajuda de um novo combatente: Casey Jones (Stephen Amell), um policial que estava no camburão que conduzia o Destruidor quando conseguiu escapar.
112 min – 2016 – EUA
Dirigido por Dave Green, roteirizado por André Nemec e Josh Appelbaum. Com Pete Ploszek, Jeremy Howard, Alan Ritchson, Noel Fisher, Tony Shalhoub, Megan Fox, Stephen Amell, Will Arnett, Laura Linney, Alessandra Ambrosio, Brian Tee, Tyler Perry, Brad Garrett, Pete Ploszek, Gary Anthony Williams e Stephen Farrelly.
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Diferente de seu antecessor As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras, é um filme despretensioso, divertido e alegre. Não que o filme anterior fosse chato e/ou triste, mas a necessidade de ter um lado sombrio e colocar a história com o “pé no chão” foram elementos que não agradaram e que aqui, estão ausentes. Sou um grande fã das Tartarugas Ninjas, cresci acompanhando suas aventuras nas animações, nos games e nos quadrinhos. Também acompanhei seus longas e até já escrevi sobre eles. Apenas nos quadrinhos que percebemos nossos adolescentes mutantes com um viés mais “dark”. Então, acredito que sim, o filme das tartarugas deve ser divertido e despretensioso. Até porque foi exatamente como um contraponto, uma crítica e até como uma paródia aos super-heróis, que Kevin Eastman e Peter Laird criaram os personagens. E dessa vez, é exatamente isso o que nos aguarda nos cinemas.
Sem a necessidade de explicar tudo e amarrar tudo a obra é frenética e insana. O Furgão das Tartarugas (Um caminhão de lixo no filme), teletransporte, portal para a dimensão X, a base Technodrome de Krang, o próprio Krang, Bebop e Rocksteady, dr. Baxter Stockman (Idêntico desing das hqs) além do retorno do Destruidor, vão deixar os fãs, que como eu, acompanhavam nossos heróis na década de 90, felizes. O longa não se leva a sério e seu roteiro não se empenha em explicar tudo o que acontece ele segue seu rumo sem nunca parar e/ou recuar. A franquia parece ter entendido seu lugar e foca na personalidade de Leonardo, Donatello, Raphael e Michelangelo, sabe utilizar mestre Splinter (Tony Shalhoub) em seus momentos sábios e cômicos. Casey Jones está de volta. Um dos personagens mais queridos é introduzido na nova versão e é bem colocado pela trama dentro desse universo, aos poucos vemos sua personalidade, entendemos seus motivos e até ganhamos uma cena de luta com taco de hóquei e patins.
Logo no início acompanhamos a tentativa, bem sucedida, do Clã do Pé de resgatar o Destruidor (Brian Tee) enquanto ele é transferido para prisão. Eles são auxiliados pelo dr. Baxter Stockman (Tyler Perry). April O’Neal (Megan Fox) descobre os planos de resgate e as tartarugas ninja entram em ação. Ao acionar um poder que não conhece por completo Stockman acaba colocando o Destruidor em contato com Krang (Brad Garrett), um ser alienígena que planeja invadir a Terra e os dois acabam formando uma aliança. Com a ajuda de Bebop (Gary Anthony Williams) e Rocksteady (Stephen Farrelly), Destruidor precisa reunir três peças de uma máquina capaz de abrir um portal para a dimensão X e tornar a invasão de Krang possível. Então sobra para Leonardo (Pete Ploszek), Donatello (Jeremy Howard), Raphael (Alan Ritchson), Michelangelo (Noel Fisher) e Casey Jones (Stephen Amell), perseguir Bebop e Rocksteady e acabar com os planos do vilão.
Focando em cenas de ação grandiosas e surtadas, o filme se supera criando situações cada vez mais frenéticas e intensas. O amor pelas pizzas está de volta e também as referências a cultura pop que são um marco de nossos ninjas. Quando em determinado momento os heróis têm que saltar de um avião para outro em pleno voo somos agraciados com Raphael se perguntando o que Vin Diesel faria. Na sequência já partimos para uma cena grandiosa nas cataratas do Iguaçu, o filme faz questão de evidenciar o Brasil em vários momentos, até conta com a modelo Alessandra Ambrósio em seu elenco. Tudo isso certamente devido ao sucesso que seu antecessor teve em nosso país. Vale mencionar uma divertida referência a Transformers. Seria legal ver mais cenas de luta entre as tartarugas e Bebop e Rocksteady, faltou também o Destruidor tentar sua vingança. A nova adição ao elenco é boa, Stephen Amell é bom com Casey Jones e Gary Anthony e Stephen Farrelly lembram bem o Bebop e Rocksteady da antiga animação. Megan Fox e Will Arnett, que reprisa seu personagem Vern Fenwick, têm bem menos espaço na trama, o que para mim é um acerto. Mestre Splinter, a chefe de polícia Vincent (Laura Linney) e Casey Jones (Em alguns momentos) parecem existir apenas para fazer a ligação entres as diversas cenas de ação.
As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras sofre com excesso de reviravoltas, de personagens e de cenas de ação. Muitos personagens têm suas cenas justificadas apenas como objetivo de mover a trama adiante, e muitos deles parecem prever e entender tudo de imediato. Tudo acontece rápido, uma situação já nos leva a próxima que nos entrega para uma nova cena de ação que já nos apresenta um novo personagem que nos leva a um novo conceito e assim uma nova situação. Um filme surtado com situações gigantescas, personagens intensos e ação frenética. Acerta na personalidades de seus personagens principais e por ser despretensioso, divertido e alegre. É um bom filme das tartarugas e o caminho no qual a franquia deve sim seguir. É um bom contraponto aos super heróis complexados e sombrios da DC e da complexa e interminável conectividade do Universo Cinematográfico da Marvel.
Obs. Na cabine de imprensa não foi exibida cena pós créditos
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Nota do Sunça:
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