Fora do radar como lutator de rua, Jason Bourne (Matt Damon) é surpreendido por Nicky Parsons (Julia Stiles), que o procura oferecendo novas informações sobre seu passado. Inicialmente resistente, ele acaba voltando aos Estados Unidos para continuar a investigação e entra na mira do ex-chefe Robert Dewey (Tommy Lee Jones), que teme mais um vazamento de dados. Dentro na CIA, no entanto, a novata Heather Lee (Alicia Vikander) acredita que tentar recrutar Bourne para a agência seja a melhor solução.
123 min – 2016 – EUA
Dirigido por Paul Greengrass, roteirizado por Christopher Rouse e Paul Greengrass. Com Matt Damon, Alicia Vikander, Julia Stiles, Tommy Lee Jones e Vincent Cassel
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Particularmente gosto muito da franquia de Jason Bourne, com exceção do fraco O Legado Bourne (De 2012 protagonizador por Jeremy Renner e dirigido por Tony Gilroy). Em seu primeiro filme, Identidade Bourne (2002) com direção de Doug Liman, o personagem causou um impacto no gênero, forçando uma mudança nos filmes de espionagem, detetive e ação em geral. Tudo isso foi fortalecido e mais estabelecido em Supremacia Bourne (2004) e O Ultimato Bourne (2007) ambos dirigidos por Paul Greengrass. Esses filmes construíram a parceria entre o diretor e o ator Matt Damon. A trilogia (Apenas os longas protagonizados por Damon) teve tamanho impacto no mercado que forçou uma mudança no então já estabelecido James Bond. E a dupla retorna mais uma vez e produz um bom filme para a saga de Jason Bourne.
O longa se torna relevante na medida em que traz a tona um tema importante e atual, a pesar de não o explorar a fundo. É uma discussão sobre a segurança nacional e os excessos de vigilância e invasão de privacidade sobre nós cidadãos. A vigilância online ganha papel de destaque, aproveitando dos eventos protagonizados por Snowden (Mencionado diversas vezes ao longo do filme) nossas redes sociais, aparelhos eletrônicos e vida cada vez mais exposta devido a excessiva utilização da internet é explorado. A cada cena de ação e luta os personagens utilizam comunicadores, vigilância por satélites, software de reconhecimento de faces dentre outros. Em determinado momento a personagem de Alicia Vikander apaga arquivos de um notebook hackeando um celular que estava próximo ao aparelho, em outra cena ela consegue invadir o sistema elétrico de Reykjavik.
No filme Jason Bourne (Matt Damon) sobrevive como lutador de rua até que Nicky Parsons (Julia Stiles) o encontra e oferece novas informações sobre seu passado e pede ajuda para expor projetos da CIA. O diretor da CIA Robert Dewey (Tommy Lee Jones) passa a perseguir Bourne, ele teme mais um vazamento de dados, uma vez que Jason foi responsável pelo vazamento anterior, o projeto Blackbriar. Ele conta com a ajuda de um agente brutal chamado de Asset (Vincent Cassel) e com sua subordinada Heather Lee (Alicia Vikander) que acredita ser possível trazer Bourne de volta para a agência. Com cenas de ação empolgantes e bem filmadas, Paul Greengrass e sua câmera sempre em movimento consegue nos colocar no meio da ação e evocar um sentimento de urgência. É interessante perceber como o filme encaixa bem a tecnologia atual nas cenas de perseguição, sem que elas fiquem cansativas e/ou desinteressantes. A proposta (Iniciada nos filmes anteriores) de manter as cenas de ação “realistas” sem mantêm, quando o protagonista briga sentimos a intensidade de cada golpe e na perseguição final, que não utiliza de telas verdes e excessivos efeitos digitais, percebemos toda a destruição causada. Mais um bom trabalho de Greengrass que nunca nos deixa perdidos em suas perseguições e cenas de ação, por mais grandiosas que sejam.
Jason Bourne conta com um bom elenco, Alicia Vikander constrói uma personagem forte e ambiciosa. Que sabe muito bem como utilizar “suas cartas” para se fortalecer no “jogo”. Tommy Lee Jones está muito bem, é um bom diretor da CIA extremamente ameaçador em diversos momentos. Matt Damon continua convencendo como um astro de ação e seu personagem não assume um dos lados, segue defendendo seus interesses, chega até mesmo a dizer para um dos hackers do filme: “Não estou do seu lado”. É legal que Bourne continua a utilizar “ferramentas” que encontra ao seu redor para auxiliar nos momentos de ação, uma perna de mesa e uma alavanca de um caça níquel são valiosos instrumentos em suas mãos.
Logo no início do longa o protagonista diz que lembra de tudo, o que não se concretiza no decorrer da trama. Jason sofre vários acessos de lembranças perdidas. E não acontece atoa, o objetivo de vincular seu passado a trama atual é claro. Um dos pontos fracos é justamente a necessidade em excesso de vincular os acontecimentos atuais ao protagonista gerando uma ligação desnecessária entre Bourne e o personagem de Vincent Cassel. É uma trama exagerada (Como nos demais filmes da franquia) mas bem desenvolvida e trabalhada. O estilo realista de ação leva o filme a diversas locações na Europa, visitamos a Islândia, Berlim, Londres, Washington e ate somos presenteados com uma empolgante cena em um protesto na Grécia. O filme entrega o Jason Bourne que queríamos com a ação que queríamos em um trama que tateia um tema de relevante importância. É um bom retorno da dupla Matt Damon e Paul Greengrass para a franquia.
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Nota do Sunça:
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