2104. Viajando pela galáxia, a nave colonizadora Covenant tem por objetivo chegar ao planeta Origae-6, bem distante da Terra. Um acidente cósmico antes de chegar ao seu destino faz com que Walter (Michael Fassbender), o andróide a bordo da espaçonave, seja obrigado a despertar os 17 tripulantes da missão. Logo Oram (Billy Crudup) precisa assumir o posto de capitão, devido a um acidente ocorrido no momento em que todos são despertos. Em meio aos necessários consertos, eles descobrem que nas proximidades há um planeta desconhecido, que abrigaria as condições necessárias para abrigar vida humana. Oram e sua equipe decidem ir ao local para investigá-lo, considerando até mesmo a possibilidade de deixar de lado a viagem até Origae-6 e se estabelecer por lá. Só que, ao chegar, eles rapidamente descobrem que o planeta abriga seres mortais.
122 min – 2017 – EUA
Dirigido por Ridley Scott, roteirizado por John Logan e Dante Harper. Com Michael Fassbender, Katherine Waterson, Billy Crudup, Danny McBride, Demian Bichir, Carmen Ejogo, Jussie Smollett, Callie Hernandez, Amy Seimetz, James Franco, Noomi Rapace, Guy Pearce, Uli Latukefu e Tess Haubrich.
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Em 1979, Ridley Scott, reinventou a ficção científica com “Alien: O Oitavo Passageiro”. Um suspense no espaço que utilizava o mistério, a escuridão e uma câmera claustrofóbica que evocava o medo naquilo que não podíamos enxergar. Assim como os tripulantes da “Nostromo”, sentíamos na pele a angústia e o horror do combate a uma criatura enclausurados em uma nave, “no espaço ninguém vai ouvir você gritar”. Na sequência “Aliens, O Resgate”, nas mãos do diretor James Cameron, encaminha a franquia para os filmes de ação. E antes do retorno de Scott na franquia, ainda tivemos “Alien³” pelo diretor David Fincher e “Alien: A Ressurreição” conduzido por JeanPierre Jeunet. Cada um desses diretores nos apresentou bons filmes, com estilos diferentes e sempre com o retorno da personagem Ellen Ripley (Sigourney Weaver). O Alien também, é claro. Ridley Scott retorna em 2012 para a pré-sequência “Prometheus” com o objetivo claro de nos responder quem eram os famosos “Space Jockeys” presentes no original, e acaba gerando diversos questionamentos em um filme confuso. Agora em “Alien: Covenant” seu objetivo também é claro (E simples), justificar a forma/design icônico de sua máquina assassina, a criatura perfeita.
“Covenant” funciona como uma sequência direta de “Prometheus”, se passa a exatos dez anos após os acontecimentos presenciados no longa de 2012. Utilizando-se do android David (Michael Fassbender), em um prólogo, à obra se associa ao filme anterior e nos dá a esperança de que teremos algumas respostas aos questionamentos deixados em aberto. O que não acontece. “Quem são os engenheiros?”, “Porque fizeram a humanidade?”, “Porque destruí-la?”, tudo isso é ignorado. O que não esquecido, “Alien: Covenant”, tenta resolver em uma única frase. A obra chega a ser desrespeitosa com o expectador ao menosprezar as promessas do final de “Prometheus”. Onde Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e David (Michael Fassbender) partem em busca de respostas.
Covenant é uma nave em um missão colonizadora, seu rumo é um planeta com condições ideais de sobrevivência para seres humanos. Durante o percurso um acidente faz com que Walter (Michael Fassbender) seja obrigado a acordar a tripulação antes de atingirem seu destino, o planeta Origae-6. Oram (Billy Crudup) têm que assumir o posto de capitão e os dezessete tripulantes passam a fazer os reparos na embarcação. Eles descobrem um planeta próximo com condições de abrigar vida humana, e em uma decisão completamente questionável (Para não dizer sem sentido) resolvem ir até lá e investigar. E rapidamente se envolvem em problemas.
Se “Prometheus” tinha seu foco na filosofia e em suas ideias, deixando de lado a ação. Aqui temos o contrário. Mal somos apresentamos aos novos personagens e eles já começam a ser eliminados, seja por criaturas assassinas ou por burrice mesmo. Atirar em tanques explosivos dentro de uma nave, atitudes displicentes em um planeta selvagem e literalmente “olhar” onde não deveria, são atitudes normais dos personagens. E a cada morte fica claro a falta de empatia do espectador com o grupo, como não temos tempo de conhecê-los, criar afeição e nos identificar, passamos apenas a tentar adivinhar quem vai ser a próxima vítima. E se parecia que uma nova Ripley seria apresentada, a personagem Daniels (Katherine Waterston), mais uma vez o longa nos decepciona. Seu arco dramático de superação não chega perto do vivido por Sigourney Weaver no original. Já Fassbender, dessa vez com dois papéis diferentes, tem novamente um desempenho impressionante. Ainda que seu unidimensional David não tenha nenhum motivo e/ou razão aparente para tomar suas atitudes.
Em “Alien: Covenant” o que temos é um roteiro simplório de luta pela vida. E Ridley Scott não perde tempo. Se, no filme anterior, uma das reclamações era a pequena presença do Alien em cena, o diretor troca a claustrofóbica nave “Nostromo” de “Alien: O Oitavo Passageiro” por um planeta e parte para ação. Temos aliens de todos os tamanhos, formas, cores e com diferentes “partos”. Somos até mesmo presenteados com Aliens adestrados e que dançam ao nascer. E tudo isso com a falta de credibilidade que os contestáveis efeitos visuais trazem. Scott expõem a criatura ao excesso e assim acaba com o terror psicológico e o suspense de sua obra. Tudo é tão previsível que chega a ser patética a óbvia revelação surpresa no final. O diretor de “Alien: O Oitavo Passageiro” e “Blade Runner: O Caçador de Andróides” parece esquecer o que sabia fazer de melhor.
Com uma continuação confirmada, que se passa entre “Alien: Covenant” e “Alien: O Oitavo Passageiro”. Scott continua sua jornada para expor tudo sobre sua criatura, deixando cada vez mais claro que a virtude é sugerir perigos e ameaças e não mostrá-los.
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Nota do Sunça:
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