Após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hammil) em uma ilha isolada, a jovem Rey (Daisy Ridley) busca entender o balanço da Força a partir dos ensinamentos do mestre jedi. Paralelamente, o Primeiro Império de Kylo Ren (Adam Driver) se reorganiza para enfrentar a Aliança Rebelde.
152 min – 2017 – EUA
Dirigido e roteirizado por Rian Johnson. Com Mark Hamill, Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac, Laura Dern, Domhnall Gleason, Andy Serkis, Adam Driver, Carrie Fisher e Kelly Marie Tran.
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Em Star Wars o ponto central sempre foi o embate luz e o lado negro da força. O bom versus o mal. Eis que o diretor Rian Johnson, e também roteirista, de “Star Wars: Os Últimos Jedi” nos apresenta uma obra focada em uma nova área, a cinza. Agora, no oitavo longa da franquia, fica claro que os tradicionais lados do embate não são tão opostos assim. Eles andam lado a lado, convivem no mesmo espaço e se confundem. Personagens como DJ (Benício Del Toro) e/ou uma passagem por cidade cassino pode parecer desnecessário ou subutilizado. Mas, na verdade, têm o objetivo de deixar ainda mais claro como os conceitos são misturados. A mescla da premissa tradicional do bem contra o mal permeia todo o longa e seus personagens.
A trama da sequência aos acontecimentos de “Star Wars: O despertar da força” e se divide em três linhas dramáticas. A Primeira Ordem, em posição de superioridade, persegue os rebeldes remanescentes. A Aliança Rebelde, liderada pela general Organa (Carrie Fisher), está enfraquecida perante os exércitos do líder supremo Snoke, liderados pelo general Hux (Domhnall Gleeson) e o aprendiz Kylo Ren (Adam Driver). O atormentado Ren continua sua luta para se provar um bom aprendiz do lado negro da força. Já Rey (Daisy Ridley), tenta convencer o exilado Luke Skywalker (Mark Hamill) a se unir a causa rebelde. Luke não se mostra interessado em lutar e nem em treinar a jovem. Enquanto isso Finn (John Boyega), Poe Dameron (Oscar Isaac) e a novata Rose (Kelly Marie Tran) precisam impedir que as naves da Primeira Ordem persigam as embarcações rebeldes.
O filme nos mostra uma faceta mais humana de seu personagens, é interessante como cria uma ligação e um paralelo entre Rey e Kylo Ren. Luke demonstra fraquezas e dúvidas está longe de ser a grandiosa lenda antes apresentada. São corajosas as decisões do diretor, elas renovam a saga e mudam estruturas tradicionais dos longas anteriores. “Os Últimos Jedi” provoca questionamentos e transforma seus personagens. (É comum a sensação de que os protagonistas não sabem qual caminho percorrer.) É equilibrado, traz mais humor que os longas passados combinados com momentos bem mais intensos do que alguns vistos em “Star Wars: O império contra-ataca”. E no fim, consegue ser inspirador. Uma questão importante que permeia todo o filme é o embate entre passado e presente. Se em “O Despertar da força” somos apresentados aos novos personagens e reencontramos os antigos, agora os novatos assumem a liderança.
Rey, cada vez menos inocente, continua carismática e protagoniza cenas memoráveis com o melhor Luke Skywalker visto no cinema. Hamill é engraçado, emociona e consegue demonstrar a imperfeição de seu personagem. Adam Driver mostra o conflito e a força de Kylo Ren enquanto percebemos sua fúria crescer gradativamente. Carrie Fisher recebe uma linda homenagem, e a general Organa é inspiradora e poderosa. Poe Dameron recebe mais destaque e Oscar Isaac consegue transformar o piloto em um personagem multifacetado. Poe é de fato o melhor piloto da aliança e protagoniza as batalhas espaciais mais dramáticas e emocionantes da saga. Isso devido ao ótimo trabalho de edição de som, mixagem e efeitos espaciais. Fin e Rose rendem bons alívios cômicos e seus arcos ilustram bem como a galáxia é cinza e nos mostra que nem todos seus seres estão engajados na guerra. Homenagens são feitas e o sentimento de nostalgia evocado, mas sempre de forma fluida no roteiro e ajudando a trama a caminhar adiante. Vale um destaque para a trilha de John Williams que sabe muito bem mesclar temas novos e antigos ao longo da obra.
É fácil afirmar que “Star Wars: Os Últimos Jedi” é o longa com o visual mais bonito da série. A batalha final prova isso. É também um filme que acredita em seus personagens, explora suas facetas e os deixa mais “humanos”. E essa dualidade é perceptível, é palpável. O diretor toma decisões corajosas, empurra a franquia para frente e inova. Uma boa aposta no verdadeiro equilíbrio da força.
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Nota do Sunça:
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