Após assassinar o chefe da máfia Santino D’Antonio (Riccardo Scamarcio) no Hotel Continental, John Wick (Keanu Reeves) passa a ser perseguido pelos membros da Alta Cúpula sob a recompensa de U$14 milhões. Agora, ele precisa unir forças com antigos parceiros que o ajudaram no passado enquanto luta por sua sobrevivência.
132 min – 2019 – EUA
Dirigido por Chad Stahelski, roteirizado por Derek Kolstad. Com Keanu Reeves, Halle Berry, Ian McShane, Laurence Fishburne, Anjelica Huston, Saïd Taghmaoui, Mark Dacascos, Lance Reddick, Jerome Flynn, Asia Kate Dillon, Jason Mantzoukas, Boban Marjanović, Robin Lord Taylor, Cecep Arif Rahman, Yayan Ruhian, Arjon Bashiri, Faith Logan, Susan Blommaert, Randall Duk Kim, Margaret Daly.
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O terceiro capítulo da saga de John Wick começa logo após o término de seu antecessor. John corre contra o tempo e nós corremos junto, enquanto aos poucos vamos percebendo a gravidade daquela situação. No primeiro filme da série “John Wick: De volta ao jogo” encontramos Wick aposentado de sua vida como assassino. Ele constituiu família e vivia de forma pacata. Porém por mais que um homem queira se esquecer de seu passado e das coisas ruins que ele fez, não há como fugir. Uma vida de violência sempre cobra o seu preço. É um filme de vingança com um protagonista desiludido que um dia foi uma lenda e aos poucos vai retornando a sua boa forma. Em “John Wick: Um novo dia para matar” John já está em forma e vemos o porquê do “bicho papão” ser uma lenda vida. Ambos longas foram muito bem sucedidos em entregar thrillers de ação ágeis com cenas de luta elegantes, violentas e bem trabalhadas. O que também acontece aqui.
E, assim como em seus antecessores, a trama de “John Wick 3 – Parabellum” é simples. Após assassinar o chefe da máfia Santino D’Antonio (Riccardo Scamarcio) no Hotel Continental, Wick (Keanu Reeves) é excommunicado e passa a ser perseguido pelos membros da Alta Cúpula. Sua “cabeça” é colocada a prêmio, no valor de quatorze milhões de dólares. Ele precisa unir forças com antigos parceiros, cobrar antigos favores para lutar por sua sobrevivência. Aprendemos mais sobre o submundo dos assassinos que, surpreendentemente, é burocrático e somos apresentados a estranha e conturbada ética que rege aquelas relações. No terceiro capítulo da série tudo é ampliado e mais exagerado. O que funciona e é bom.
O manuseio das armas, os tiroteios as lutas continuam bem executadas e impressionam. E se já vimos do que John é capaz com um lápis, aqui vamos além, em suas mãos um livro se torna mortal, um cinto é arma de destruição em massa e até um cavalo pode ser uma ferramenta fatal. O visual de cada sequência e de cada plano é caprichado e planejado. Ao escrever e comentar na Rádio UFMG Educativa sobre o segundo longa me referi a ele como: “Uma apresentação de balé brutal feita para os fãs de filme de ação”. E “Parabellum” logo nos momentos iniciais, traz uma apresentação de balé e uma conversa sobre balé com A Diretora, personagem da Anjelica Huston justamente para fazer esse paralelo. E se ainda restou alguma dúvida sobre a apresentação que estamos presenciando, o que nos prepara e acompanha durante a sequência final de “John Wick 3 – Parabellum” é “As Quatro Estações” de Vivaldi.
Chad Stahelski retorna na direção e traz sua assinatura presente nos episódios da saga. Sequências realistas, exageradas, violentas, bem humoradas e viscerais. São coreografias perfeitas e lutas inovadoras. Cada detalhe do longa é pensado para mostrar quanto o “bicho papão” é perigoso. Elementos de seu passado surgem, ajudam a trama a caminhar adiante e nos revelam cada vez mais sobre a lenda que é John Wick. O universo do assassino se expande, temos o retorno de personagens importantes como Winston (Ian McShane) o proprietário do Continental Hotel, Charon o recepcionista do hotel (Lance Reddick) e o Rei (Laurence Fishburne). Novas personagens são apresentadas A Juiza (Asia Kate Dillon) e A Diretora (Anjelica Huston) nos ensinam mais sobre a Alta Cúpula e Sofia (Hale Berry) traz revelações do passado e cenas de ação em Marrocos envolvendo muitos tiros e dois cachorros. Hale Berry protagoniza a melhor piada metalinguística da obra. Keanu Reeves continua em plena forma física, é competente nas cenas de ação, apresentando uma desenvoltura impressionante. Sua dedicação e empenho ao papel são nítidos. E, se nos episódios anteriores o paralelo com um pistoleiro solitário era claro, e aqui também se faz presente, toda uma sequência em uma loja de antiguidades deixa os fãs de faroeste animados e faz uma bela homenagem a “Três Homens em Conflito”. É no paralelo com um ronin que fica o destaque de “Parabellum”. Temos ninjas, samurais e lutas com katanás em cima de motos.
De Winston ouvimos “Si vis pacem, para bellum”, um provérbio em latim que significa “se quer paz, prepare-se pra guerra”. “Parabellum” surge desse provérbio e cumpre sua promessa. John Wick usa tudo o que sabe e o que têm para sobreviver. É uma guerra contra tudo e contra todos para manter viva a memória do seu amor. “John Wick 3 – Parabellum” é um thriler de ação que expande sua mitologia e deixa portas abertas para um quarto episódio. Que venha mais de John Wick!
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Nota do Sunça:
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