1992. Os X-Men são considerados heróis nacionais e o professor Charles Xavier (James McAvoy) agora dispõe de contato direto com o presidente dos Estados Unidos. Quando uma missão espacial enfrenta problemas, o governo convoca a equipe mutante para ajudá-lo. Liderado por Mística (Jennifer Lawrence), os X-Men partem rumo ao espaço em uma equipe composta por Fera (Nicholas Hoult), Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan), Tempestade (Alexandra Shipp), Mercúrio (Evan Peters) e Noturno (Kodi Smit-McPhee). Ao tentar resgatar o comandante da missão, Jean Grey fica presa no ônibus espacial e é atingida por uma poderosa força cósmica, que acaba absorvida em seu corpo. Após ser resgatada e retornar à Terra, aos poucos ela percebe que há algo bem estranho dentro de si, o que desperta lembranças de um passado sombrio e, também, o interesse de seres extra-terrestres.
114min – 2019 – EUA
Dirigido por Simon Kinberg, roteirizado por Simon Kinberg. Com: James McAvoy, Sophie Turner, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult, Tye Sheridan, Alexandra Shipp, Evan Peters, Kodi Smit-McPhee, Scott Shepherd, Ato Essandoh, Brian d’Arcy James, Halston Sage, Summer Fontana, Jessica Chastain.
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O primeiro longa dos X-Men estreou em 2000. Logo, são dezenove anos de X-Men no cinema. Uma série cheia de altos e baixos que agora em 2019 chega a sua conclusão. A franquia já gerou “carreiras” solo para Wolverine e Deadpool e já se permitiu apagar linhas do tempo específicas e esquecer acontecimentos “questionáveis”. E para finalizar tudo isso temos um diretor estreante, Simon Kinberg, que foi responsável por alguns roteiros como “X-Men: O confronto final”, “Quarteto Fantástico” e “X-Men: Apocalipse”.
“X-Men: Fênix Negra” é uma obra que se mostra previsível desde o início. Quando vemos Jean em 1975 no banco traseiro do carro de seus pais, já sabemos que algo terrível vai acontecer. E logo na (ótima) sequência inicial, que se passa no espaço, ao ver a “força cósmica pura e inimaginável” sabemos também que estamos à segundos de outro acidente. Quando Jean Grey (Sophie Turner) fica cada vez mais forte e fora de controle, também imaginamos exatamente como e para onde a trama vai caminhar. Logo vamos para 1992 quando os X-Men são heróis mundiais. O professor Xavier (James McAvoy) é reconhecido e premiado por seus esforços, Magneto (Michael Fassbender), mais uma vez, está em paz e vivendo afastado. E o super grupo atua na proteção dos humanos que um dia os odiaram. Mas tudo muda quando um passado sombrio de Jean a deixa descontrolada. Magneto novamente sai da “aposentadoria” e o professor e sua turma tem que lidar com a aluna fora de controle. Enquanto isso a alienígena Vuk (Jessica Chastain) se aproxima de Jean com o objetivo de pegar para si a poderosa força cósmica. Vale uma ressalva aqui para o fato de que apenas oito anos separam os acontecimentos desse longa dos acontecimentos do primeiro filme dos X-Men. Como vimos em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” os antigos atores e os atuais dividem a mesma linha temporal. Isso significa que os personagens terão que envelhecer décadas nesses oito anos.
E se a premissa soa familiar, é porque, ela é. Basicamente temos um remake, com alterações pontuais, de “X-Men 3 – O Confronto Final”. Nesse longa Kinberg traz uma abordagem direta e sua trama acontece em um pequeno espaço de tempo. É perceptível a busca por um enredo mais adulto, com foco em problemas internos dos personagens e conflitos dramáticos mais densos. Em boa parte da narrativa o filme opta por colocar Xavier como o vilão e Jean como uma vítima que sofre um abuso. O diretor problematiza as ações e escolhas do professor optando pelo que poderia ser uma história revisionista de tudo o que foi vivido. Mas logo se rende aos espetáculos tradicionais de um blockbuster de heróis com grandes cenas de ação e um clímax evento. Personagens que mudam de ideia o tempo todo e que jogam a culpa uns nos outros em toda e qualquer oportunidade também não ajudam. Já a interação entre os personagens nas cenas em que usam seus poderes, são interessantes e cativantes. Ver como cada mutante funciona no grupo e como cada poder é utilizado se torna um ponto forte da obra.
Sophie Turner se esforça mas o arco dramático de Jean é fraco e óbvio. A personagem de Jessica Chastain é uma vilã genérica com um pequeno grupo de capangas alienígenas (Que se torna um exército no momento em que a trama precisa). Jennifer Lawrence parece com preguiça e nitidamente não quer mais ser pintada de azul, o que acontece pontualmente. Ciclope (Tye Sheridan) e Tempestade (Alexandra Shipp) mal participam da trama. Pela primeira vez os poderes da Tempestade são realmente bem explorados. Michael Fassbender e James McAvoy têm a mesma dinâmica de sempre, tomam as mesmas decisões de sempre e agem da mesma maneira que já vimos nos longas anteriores. Mas vale enaltecer o destaque e protagonismo feminino da trama.
“X-Men: Fênix Negra” encerra a saga dos X-Men da FOX. E assim como os vários filmes desses dezenove anos têm altos e baixos com momentos confusos e conturbados. É um final que deixa uma brecha caso a Disney/Marvel queiram continuar. O que não querem (Ainda bem). É um bom encerramento para uma saga que deixa a sensação de que poderia ter sido muito melhor.
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Nota do Sunça:
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