De volta à infância de Elsa e Anna, as duas garotas descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle. Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água. Esta revelação ajudará Elsa a compreender a origem de seus poderes.
104 min – 2020 – EUA
Dirigido por Jennifer Lee e Chris Buck e roteirizado por Allison Schroeder, Jennifer Lee. Com Kristen Bell, Idina Menzel, Jonathan Groff, Josh Gad, Sterling K. Brown, Evan Rachel Wood, Ciarán Hinds, Jason Ritter, Rachel Matthews, Alfred Molina, Jeremy Sisto, Martha Plimpton, Alan Tudyk, Santino Fontana, Jessica DiCicco, Scott Menville, Fred Tatasciore, Kari Wahlgren, Phil LaMarr, Antonio Raul Corbo.
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Sete anos depois de um dos maiores sucessos da Disney, chega aos cinemas sua aguardada continuação, Frozen II. Jennifer Lee e Chris Buck retornam a direção e optam por olhar para o passado de Elsa (Idina Menzel), Anna (Kristen Bell) e Arendelle. A narrativa explora mistérios não revelados do primeiro longa e a história por de trás dos poderes de Elsa. Um ponto positivo é mostrar que os personagens que conhecemos evoluíram e aprenderam com suas vivências. Elsa está mais confiante, porém inconformada de ter que seguir o caminho que lhe foi imposto pela família e sociedade e Anna busca seu lugar no mundo sem deixar que qualquer outro personagem e/ou instituição a limite de ter opinião ou de tomar alguma atitude e/ou ação. Assim como no longa anterior o empoderamento feminino é um dos aspectos mais importantes da obra.
A trama segue um conto incompleto que os pais de Anna e Elsa as contavam quando crianças. É a história sobre um desentendimento entre povos, que acaba ameaçando Arendelle em uma aventura que envolve a fúria dos elementos. Água, ar, fogo e terra. E aqui está o fator mais importante e que mais me tocou ao assistir o novo capítulo da vidas das irmãs. Em um mundo onde o discurso de ódio prevalece e a falta de informação e os Fake News guiam os rumos de várias nações. A dupla de diretores opta por estabelecer um paralelo com a realidade e mostrar que o amor pode unir as diferenças, conectar terras e povos. O verdadeiro vilão de Frozen II é a não aceitação do outro, o medo e o ódio contra o diferente e a mentira como ferramenta para guiar o destino de reinos e povos. É por levantar discussões como o uso do medo para controlar pessoas, a exclusão do diferente e o separatismo para com o outro (Representado aqui pela construção de uma barragem) que essa continuação ganha força e que mostra a que veio. Até Olaf (Josh Gad) o boneco de neve, que tem como função principal o alívio cômico, passa a questionar sua própria existência. É um discurso existencialista da perspectiva de uma criança. São assuntos importantes em uma produção infantil para toda a família.
Os elementos mitológicos ganham um visual fascinante, as folhas e o vento, os gigantes de pedra, o cavalo de água e a salamandra de fogo são visualmente bonitos e demonstram a qualidade gráfica da animação. A fotografia e gráficos visuais do filme são criativos e impactantes o uso das cores é inteligente e auxilia no desenrolar da trama. Frozen II é visualmente lindo. Além de utilizar pequenos toques visuais para ressaltar a evolução de seus personagens, um exemplo é como o visual da Elsa se modifica na medida em que ela se liberta do papel que lhe foi imposto. Assim como seu antecessor, Frozen II é um musical que segue ainda mais as estruturas e características do gênero. Traz novas canções e novas inspirações visuais a canção “Lost in the Woods” e a “Reindeers are Better than People” são influenciadas pelos videoclipes da década de oitenta. “Into the Unknown” mostra o inquietamento de Elsa e “When I’m Older” retrata o existencialismo de Olaf em uma sequência muito bem humorada. Acredito que nenhuma delas vai ter o impacto de “Let it Go!” mas funcionam bem na obra, são cuidadosamente planejadas e executadas.
Elsa e Anna se empoderam e quebram preceitos antigos e assim resolvem problemas ocultos do passado. Trazendo paz e equilíbrio entre povos, famílias e reinos. É uma história corajosa que traz discussões relevantes e amplia o universo em que as irmãs vivem.
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Nota do Sunça:
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