Sunça no Cinema – Sonic: O Filme (2020)

Sonic, o porco-espinho azul mais famoso do mundo, se junta com os seus amigos para derrotar o terrível Doutor Eggman, um cientista louco que planeja dominar o mundo, e o Doutor Robotnik, responsável por aprisionar animais inocentes em robôs. A sinopse oficial ainda não foi divulgada.

90 min – 2020 – EUA

Dirigido por Jeff Fowler, roteirizado por Pat Casey e Josh Miller. Com James Marsden, Ben Schwartz, Tika Sumpter, e Jim Carrey

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Em 1991 “Sonic The Headge Hog” chegou aos consoles. Aqui em terras tupiniquins eu o conheci através de meu Master System Compact. Com sua jogabilidade rápida, cenários fluidos, design cativante e cores gritantes, Sonic caiu no gosto popular. O ouriço é um dos personagens mais queridos dos games. Na minha opinião é o melhor personagem de videogame dos anos 90. Vinte e nove anos depois, o ouriço azul símbolo da SEGA, chega às telonas com “Sonic: O Filme”. Um longa bem humorado, que não se leva a sério, que trata o personagem com carinho e que agrada pela nostalgia.

A divulgação do filme foi conturbada. As primeiras imagens não agradaram e receberam duras críticas. O alvo dos comentários foi o design do protagonista. Isso causou uma atraso na finalização da obra. Devido a reação negativa dos fãs, a equipe da produção redesenhou o personagem título e refez todas as suas cenas. O novo visual menos realista e medonho agradou. Sonic ficou com os olhos maiores, menos dentes e pernas mais cartunescas e menos musculosas. O novo design deixou o personagem mais carismático e mais parecido com o visual dos games. No início da projeção o universo dos jogos já interage com os letreiros, os vários games da SEGA formam sua logo e os Anéis dos jogos do Sonic “brincam” com a abertura da Paramount Pictures. Temos a impressão de que o longa vai se dedicar ao universo do ouriço velocista, mas logo percebemos que se trata de mais uma obra que transporta personagens imaginários de seus mundos fantásticos para a nossa Terra. O que normalmente não funciona. Porém a opção de tornar os personagens “reais” em caricaturas e deixar nosso universo um pouco mais cartunesco, funciona e garante uma certa consistência à trama.

Sonic (Ben Schwartz) fugindo de uma ameaça em seu próprio mundo, acaba em nosso universo na pacata cidade de Green Hill, uma referência a Green Hill Zone do jogo. Ele se mantém escondido, o que não o impede de interagir com os moradores locais. Isso lhe concede uma interessante persona de aparição extraterrestre. O protagonista é amigo (stalker) de Tom Wachowski (James Marsden), que recebe o apelido carinhoso de “Lord Donut”. Em um momento de descontrole o ouriço usa seus poderes de forma excessiva. Sonic acaba chamando a atenção do governo dos Estados Unidos e do Dr. Ivo Robotnick (Jim Carrey), “carinhosamente” apelidado de Dr. Eggman (Mais uma referência aos games). Sonic e Tom têm que ir até São Francisco enquanto fogem de Robotnick.

Nessa estrutura de um roadmovie em meio a uma caçada, vemos a amizade entre os dois se estabelecer. As cenas de ação são bem filmadas e planejadas, as batalhas empolgam e o diretor Jeff Fowler consegue demonstrar bem os poderes do ouriço velocista. O roteiro de Patrick Casey e Josh Miller faz diversas referências ao universo dos games, mas não aproveita a fundo da mitologia do personagem. A fotografia do longa é extremamente colorida e saturada, e isso, ajuda na caracterização cartunesca do universo. É também uma opção que lembra o visual dos jogos. Jim Carrey está ótimo, exagerado ele constrói um Robotnik hilário, cheio de expressões, caretas e excentricidades. Sua performance ao som de “Where Evil Grows” é sensacional. James Marsden é o típico policial charmoso e bonzinho que está sempre pronto para ajudar. Sua esposa Maddie Wachowski (Tika Sumpter) e seu chefe Billy Robb (Adam Pally) pouco têm a fazer na trama, mas o elenco comprometido com o tom da obra. 

“Sonic: O Filme” entrega personagens caricatos em uma trama rasa e objetiva. É simples e divertido, despretensioso e bem humorado, com cenas de ação interessantes e que exala carinho por seu protagonista. Apesar dos vários ganchos para uma continuação, fica o sentimento de que algo faltou e que estamos diante de uma introdução e/ou epílogo. 

Obs. Na cabine de imprensa foi exibida uma cena logo após os créditos iniciais

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Nota do Sunça:

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