Sunça no Streaming – Resgate – Netflix (2020)

Em Resgate, Tyler Rake (Chris Hemsworth) um agente especial recebe a difícil missão de libertar um garoto indiano que é mantido refém na cidade de Dhaka. Apesar de estar preparado fisicamente, ele precisa lidar com crises de identidade e com seu emocional fragilizado por problemas do passado para que consiga designar sua tarefa da melhor maneira possível.

116 min – 2020 – EUA

Dirigido por Sam Hargrave. Roteiro por Joe Russo (baseado na HQ de Ande Parks, Joe Russo e Fernando León González). Com Chris Hemsworth, Rudhraksh Jaiswal, Randeep Hooda, Golshifteh Farahani, Pankaj Tripathi, Priyanshu Painyuli, David Harbour, Adam Bessa, Shataf Figar, Suraj Rikame, Neha Mahajan, Sam Hargrave.

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“Resgate” faz parte da nova fase de filmes de ação iniciada por “John Wick: De Volta ao Jogo”. A ótima saga de John Wick foi dirigida por Chad Stahelski . No primeiro filme, Chad, contou com a co direção de David Leitch, que posteriormente dirigiu os ótimos “Atômica” e “Deadpool 2”. Chad Stahelski  e David Leitch trabalharam como dublês, e também como coordenadores de dublês, antes de assumir o cargo de direção. “Resgate” é o longa de estreia do diretor Sam Hargreave que antes atuou como dublê de Chris Evans em “Capitão América: Soldado Invernal” e que depois se tornou coordenador de dublês da Marvel. O que todos esses filmes têm em comum, são cenas de ação intensas, impactantes e com o mínimo de cortes possível. São momentos impressionantes. 

Nos filmes de ação o roteiro normalmente é uma história que amarra várias sequências de luta, perseguição e tiroteio. Funciona como um musical, onde a trama faz a ponte entre as várias apresentações. Apresentações que muitas vezes são pensadas antes. Depois o roteiro faz o trabalho de interligar o todo. Em “Resgate” um garoto foi sequestrado e o protagonista ex-militar precisa resgatá-lo. Essa é a justificativa para duas horas de tiros, perseguições insanas e bombas em Daca a capital de Bangladesh. É uma premissa comum e simples mas que funciona para o que a obra se propõe a fazer. O mercenário contratado é Tyler Rake (Chris Hemsworth) o garoto sequestrado é Ovi Mahajan (Rudhraksh Jaiswall) ele é filho de um traficante e foi sequestrado por um rival de seu pai. O antagonista é conhecido como “Pablo Escobar” da cidade de Daca, Amir Asif (Priyanshu Painyuli). 

Sam Hargrave trabalha muito bem as sequências de ação, podemos sentir cada impacto, cada golpe e cada movimento. A violência é explícita. Tyler bate, luta, mata e apanha, apanha muito.  Hemsworth e a equipe de dublês estão de parabéns. Os dois planos sequência de perseguição seguidos que acontecem no final do primeiro ato, dão gosto de ver e impressionam. Com quase vinte minutos de duração eles te colocam no meio da ação, com uma ininterrupta perseguição que passa por carros, escadas, prédios, tiros socos e chutes. Com uma câmera moderna que lembra videogame, tudo é  filmado com o mínimo de cortes possível e pensado como um grande plano único. Tyler erra o caminho, bate em carros, derruba pessoas a ação é imperfeita e linda. 

Chris Hemsworth é um cara que se mostra cada vez mais talentoso. Já se provou na comédia com um ótimo timing de humor. Ele é o Thor, um super-herói. É bonito, carismático com cara de bom moço. (Sério, o cara é lindão!) E agora se prova como um brucutu. Ele está ótimo nas cenas de luta e tiroteio, a fisicalidade e brutalidade impressionam. O protagonista utiliza tudo e qualquer coisa que está ao seu redor como uma arma, mesas,copos e tijolos. Não me entenda errado, ele é muito bom com armas de fogo também, demonstra habilidade. Mas Tyler não precisa de uma pistola se tiver um ancinho por perto.   

O roteiro de Joe Russo, que é um dos diretores de “Capitão América: Soldado Invernal”, “Vingadores: Guerra Infinita” e “Vingadores: Ultimato”, é baseado na hq “Ciudad” escrita por ele mesmo, seu irmão Anthony Russo e Ande Parks. Nos momentos em que a ação para, temos um esboço de crítica social a respeito de crianças e adolescentes trabalhando em facções criminosas. Os “Goonies from hell”. Mas é uma crítica rasa que não se aprofunda no tema.

“Resgate” é o que se espera de um filme de ação. Uma obra que divirta, que empolgue e que acelere o coração. Tem um roteiro raso e frágil, mas o esmero em suas cenas e o cuidado com as sequências principais, eleva o nível da ação. Ao escrever e comentar na Rádio UFMG Educativa sobre John Wick me referi ao filme como : “Uma apresentação de balé brutal feita para os fãs de filme de ação”. E aqui temos mais uma exibição, um balé de coreografias violentas, brutais e viscerais. Um espetáculo perfeito de caos e confusão. 

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Nota do Sunça:

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