Sunça no Streaming – É o Bicho! – Netflix (2020)

Em É o Bicho!, uma família recebe, como parte de uma herança, um circo e uma caixa mágica de biscoitos. Aquele que come algum biscoito dessa caixa, logo se transforma em um animal. Quando o tio Horatio P. Huntington começa a desejar se tornar dono do circo, eles farão de tudo para impedir que a atração caia em suas garras maléficas.

105 min – 2020 – EUA

Dirigido por Tony Bancroft, Scott Christian Sava e Jaime Maestro. Roteirizado por Dean Lorey, Scott Christian Sava (baseado na graphic novel Animal Crackers). Com John Krasinski, Emily Blunt, Lydia Rose Taylor, Ian McKellen, Danny DeVito, James Arnold Taylor, Tara Strong, Sylvester Stallone, Raven-Symoné, Wallace Shawn e Patrick Warburton.

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A colorida e charmosa nova animação da Netflix, narra a história de um circo mágico. Trama que é levemente baseada nos quadrinhos “Animal Crackers” de Scott Christian Sava, um dos diretores e roteiristas do longa, e que conta com um elenco de peso. Emily Blunt, John Krasinski, Danny DeVito, Sir. Ian McKellen e Sylvester Stallone são alguns dos nomes envolvidos no projeto. Um filme divertido e agitado que certamente vai captar a atenção das crianças, mas que ignora a possibilidade de cativar e envolver um público adulto. “É o Bicho!” foca no público infantil apostando na multiplicidade de cores, vários animais e gags visuais, mas têm um roteiro raso e superficial. 

Nos anos sessenta somos apresentados a Horatio P. Huntington (Sir. Ian McKellen) o apresentador e estrela do circo Irmãos Huntington. Um personagem vaidoso que busca a fama e fortuna. Seu irmão Buffalo Bob (James Arnold Taylor) é simpático, bondoso e amigo de todos do circo. O que Bob realmente quer é entreter o público. Quando a personagem Talia (Tara Strong) entra para o espetáculo, ela passa a ser cobiçada pelos dois que acabam se tornando rivais pelo amor da moça. Tália e Bob se casam e Horatio deixa o circo. Como presente de casamento o casal recebe uma caixa mágica que traz o segredo dos animais. Esse é o prólogo narrado pelo palhaço Chesterfield (Danny DeVito). No presente e conhecemo o casal Owen (John Krasinski) e Zoe (Emily Blunt) e sua filha Mackenzee (Lydia Rose Taylor). Eles recebem de herança o circo e a caixa mágica e tem que lutar para reunir a família e salvar o espetáculo das garras de um antigo rival.

Em 2020 optar contar uma história que se passa em um circo de animais é uma escolha controversa. São espaços onde atualmente os bichinhos são proibidos, ambientes que ficaram marcados pelos maus tratos e torturas em treinamentos. Os animais como parte do show só se justifica dentro da trama pelo fato de serem mágicos e que os artistas e o público sabem disso. É um show de magia e encantamento. Mesmo assim, me incomoda a ideia de um filme infantil relacionar a diversão e alegria de um circo aos animais. Ainda que tenha o cuidado de torná-los mágicos e fantasiosos.  

A animação apresenta um design de personagem genérico, mas capricha nas sequências de ação. Os espetáculos no circo e as cenas de transformação em animais são cheia de energia, organizadas e bem ambientadas. Owen assume a forma de diversos animais e com alguns detalhes no design e com o trabalho de voz de John Krasinski o longa consegue dar unidade a todas essas formas e criações. O personagem Homem-Bala de Sylvester Stallone merece uma menção por evocar boas risadas. A direção de Jaime Maestro, Scott Christian Sava e Tony Bancroft, é ágil e rápida. Com um visual colorido animais e humanos se misturam em cenas de ação, aventura, humor e números musicais. Nessa correria o roteiro de Dean Lorey e Scott  Christian Sava, ignora e torce para que não tenhamos tempo de pensar por exemplo: Quem são os pais de Owen? Ou então que mágica é essa e de onde vêm. Nas palavras do sábio palhaço Chesterfield: “Maldição cigana, farinha velha, ácaros radioativos – quem sabe? Quem se importa? É mágico!”

“É o Bicho!” têm várias subtramas em uma narrativa acelerada que não perde tempo com explicações. Sua história possui três saltos temporais o que gera um efeito negativo de falta de conexão entre personagens importantes. O que faz falta ao longo da produção uma vez que no fundo seu tema é sobre família e relações familiares. Uma produção simpática e interessante, mas uma experiência que com o tempo é fadada ao esquecimento. 

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Nota do Sunça:

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