Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Linus e todo o resto da amada turma do Snoopy, chegam aos cinemas de uma forma como nunca foram vistos antes: em animação 3D! Snoopy, o beagle mais amado do mundo – e claro, o melhor piloto – embarca em sua maior missão até hoje, alcançando o céu atrás de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, enquanto seu melhor amigo, Charlie Brown, inicia a sua própria jornada épica. Da imaginação de Charles M. Schulz e dos criadores da saga A Era do Gelo, Snoopy & Charlie Brown – Peanuts, O Filme vai provar que todo azarado tem seu dia de sorte.
88min – 2016 – EUA
Dirigido por Steve Martino. Com roteiro de Bryan Schulz, Craig Schulz, Cornelius Uliano e Charles M. Schulz (Autor da obra original). Com Noah Schnapp, Bill Melendez, Hadley Belle Miller, Mariel Sheets, Anastasia Bredikhina, Noah Johnston, Rebecca Bloom, Mar Mar, William Wunsch, Francesca Capaldi, Venus Schultheis, Madisyn Shipman, A.J. Tecce e Alexander Garfin.
[su_divider top=”no” style=”dotted” size=”2″]
É comum ver quadrinistas citando nomes como Bill Watterson, Hergé e Charles M. Schulz (dentre outros) quando conversam sobre suas referências e inspirações. Especialmente se trabalham com tiras e/ou quadrinhos de humor, o que é o meu caso. Logo, o trabalho de Schulz sempre me foi muito familiar, acompanho a “Turma do Minduim” nos quadrinhos e nas animações há muitos anos.
Dessa vez acompanhei Charlie Brown e Snoopy em uma sala XD Extreme Digital Cinema na versão dublada e em 3D. Já no início da projeção, quando somos presenteados com Schoroeder tocando o tema da FOX, é possível perceber o tom do filme que estamos prestes a assistir. A cena inicial introduz bem todos os personagens, suas características e personalidades, com direito até a árvore comedora de pipas. Aliás, o design dos personagens e do filme em geral chama muita atenção. Seja por ser extremamente respeito com os traços de Charles Schulz ou pelas belas texturas e/ou materiais criados. Na introdução também é possível perceber que o tom de humor no filme remete ao utilizado nas tiras e nos desenhos animados. Na verdade, muitas piadas das tiras e das animações anteriores como “O Natal do Charlie Brown” e “Charlie Brown e o Dia de Ação de Graças” são repetidas sem nenhuma alteração. O objetivo do filme é claro, introduzir os personagens de Charles para uma nova geração.
O 3D do filme funciona e é bem utilizado. Em várias cenas ele é bem sucedido em trazer profundidade para os cenários. Em um momento específico o 3D é importante para mostrar como Charlie Brown, abandonado no parque em um banco com sua pipa, se sente sozinho e pequeno no mundo. O estilo de animação também chama atenção, em diversos momentos o longa abandona seu design original. Quando nosso querido Minduim relembra seus fracassos do passado, temos uma animação em 2D nos traços de Schulz, nas cenas com Snoopy piloto e seus combates aéreos a animação fica mais “realista” e em alguns momentos temos até animação de recorte. Brincar com a forma, cor e estilo com uma função narrativa dentro do longa é, na minha opinião, uma decisão acertada da equipe, deixa o filme mais interessante e empolgante.
Como nas tiras e nas animações anteriores os planos seguem a linha visual das crianças, e como de costume não podemos compreender, nem ver, os adultos o que deixa claro que estamos de fato no mundo de Charlie, Lucy, Shroeder, Marcie, Patty Pimentinha, Linus, Sally e Chiqueirinho. Muito planos e enquadramentos parecem ter sido retirados de quadrinhos e desenhos de Charles M. Schulz o que acaba se confirmando no momento final do filme e durante seus créditos. É legal perceber como a animação se esforça para nos colocar juntos com aquelas crianças, quando inicialmente não vemos direito o rosto de determinado personagem e gradualmente passamos a ver é uma referência direta com o que vive o personagem protagonista que no início da história mal consegue encarar o outro personagem mas vai conseguindo superar seus medos com o decorrer do filme. A trama apresenta duas histórias, a de Charlie Brown apaixonado pela garotinha ruiva e a de Snoopy e Woodstock e sua disputa aérea contra o temível Barão Vermelho. As histórias são contadas em paralelo, e é bacana notar como se relacionam e se completam.
Uma história interessante e cativante, respeitosa e cuidadosa com o trabalho de Schulz. Apesar de não ousar com os personagens e nem trazer muitas inovações, como fã, fiquei satisfeito com o trabalho da Blue Sky e mais uma vez me diverti e me encantei com a Turma do Minduim. Acho que todos deveríamos nos inspirar em Charlie Brown, que nunca desiste mesmo falhando miseravelmente diversas vezes em frente a sua turma. E não há outra maneira de finalizar esse texto senão com um sonoro: Que puxa!
Obs. Temos cenas durante os créditos e uma pequena e não muito importante no final dos créditos.
Obs.2 Com certeza “I feel better when I’m dancing”.
[su_divider top=”no” style=”dotted” size=”2″]
Nota do Sunça:
[su_divider top=”no” style=”dotted” size=”2″]
Últimas críticas:
[su_custom_gallery source=”category: 39″ limit=”7″ link=”post” target=”blank”]
[su_custom_gallery source=”category: 55″ limit=”7″ link=”post” target=”blank”]
[su_divider top=”no” style=”dotted” size=”2″]
Últimos textos:
[su_custom_gallery source=”category: 22″ limit=”7″ link=”post” target=”blank”]
[su_divider top=”no” style=”dotted” size=”2″]
https://jizzrain.com/cats/81/
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.