Adonis Johnson (Michael B. Jordan) nunca conheceu seu pai famoso, o campeão mundial dos pesos pesados Apollo Creed, que morreu antes de ele nascer. Ainda assim, não há como negar que o boxe está em seu sangue, então Adonis parte para a Filadélfia, local da lendária luta de Apollo Creed com um adversário durão chamado Rocky Balboa. Uma vez na Cidade do Amor Fraternal, Adonis localiza Rocky e pede para ele ser seu treinador. Apesar de insistir que está fora do universo da luta para sempre, Rocky reconhece em Adonis a força e determinação que viu em Apollo – seu rival feroz que se tornou seu amigo mais próximo. Rocky então concorda em treinar o jovem lutador, mesmo com o ex-campeão lutando contra um adversário mais mortal do que qualquer outro que já enfrentou no ringue. Com Rocky no canto do ringue, não falta muito para Adonis receber sua própria chance de conseguir o título… mas será que ele poderá desenvolver não só a motivação, mas também o coração de um verdadeiro lutador, a tempo de entrar no ringue?
132min – 2016 – EUA
Dirigido por Ryan Coogler. Com roteiro de Ryan Coogler e Aaron Covington. Com Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Graham McTavish, Phylicia Rashād e Hans Marrero.
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Rocky é uma das franquias mais importantes da minha geração. Ao assistir um filme do Balboa sempre dei socos no ar durante as lutas, me comovi com seus problemas pessoais e torci por seu sucesso no final. Ao assistir Creed, senti tudo isso novamente. A série passou por bons filmes, e por alguns não tão bons, mas sempre com um grande impacto em minha geração e em mim. “Creed: Nascido para Lutar” vai ser essa referência e ter esse impacto na geração atual.
O filme poderia facilmente se chamar Rocky 7, dá seqüência a franquia e nele podemos ver como está a vida de Balboa e quais são suas novas batalhas. Mas o protagonista é Adonis Johnson é ele que acompanhamos durante todo o longa. Começamos em sua infância quando ele ainda nem sabe quem é seu pai e vamos até sua juventude quando luta por seu lugar no esporte e para vencer a “sombra” do pai Apollo Creed. E ao fim se torna um personagem poderoso que, como Rocky, sem dúvida vai ser referência e dar origem a mais longas.
Johnson têm um bom emprego e uma boa vida em L.A., mas abandona tudo com objetivo de se tornar um lutador profissional. Ele segue então para Filadélfia decidido a ter Rocky como seu treinador. Encontramos um Balboa solitário, afastado do mundo das lutas e cansado das “porradas da vida”. O relacionamento entre os dois personagens é um ponto forte do filme, a relação mentor/pupilo e pai/filho funciona, a dinâmica entre os dois atores é boa. Me comovi toda vez que Donnie chamava Balboa de “tio”. O papel de Stallone aqui lembra o treinador Mickey (da franquia original) e o ator sabe lidar bem com seus momentos dramáticos e cômicos. Sly entrega uma performance poderosa e tocante. Na Filadélfia logo o protagonista conhece uma garota, e o relacionamento entre Adonis e Bianca (Tessa Thompson) funciona e é bem construído, em parte graças à boa química entre os dois. Como nos outros filmes da franquia a luta do personagem principal vai além dos ringues e do empenho no esporte, sua vida pessoal é parte fundamental da trama. Michael B. Jordan entrega uma ótima performance. Ele cria um Adonis forte corajoso, com vislumbres de Apollo e de Rocky, mas com uma personalidade única.
As lutas são bem coreografadas e planejadas. Planos sequências nos fazem imergir dentro dos estádios, seja na entrada da luta em Tijuana ou em todo o combate na Filadélfia quando Johnsson entra no ringue pela primeira vez com Rocky como seu treinador. Essa luta são dois assaltos filmados em um único plano, a câmera gira em torno do ringue e dos lutadores e faz alguns close-ups, aumentando a tensão e o suspense. É divertido quando o longa para um pouco e nos deixa a par do histórico de cada lutador e nos avisa do perigo que está a caminho. Quem acompanha a franquia já sabe o que esperar do filme e/ou do resultado de sua trama. Nesse ponto realmente não somos surpreendidos. Mas o importante é o percurso, é como um personagem passa a completar o outro e como resolvem seus problemas. Como Adonis, Rocky também têm uma batalha para vencer e é justamente com ele que Balboa reaprende e encontra forças para lutar.
Creed nos presenteia com momentos icônicos da franquia, mas segue seu próprio caminho trazendo novos marcos e novas referências. A música do treinamento, durante a corrida final, é coerente e têm grande impacto. Mas não se preocupe, ainda podemos escutar rapidamente “Gonna Fly Now” em um momento decisivo do filme.
Rocky Balboa velho e solitário, abandonado por tudo e por todos. Adonis um orfão com problemas paternos mal resolvidos e abandonado em sua busca para se tornar um lutador profissional. Eles encontram na amizade de um com o outro a força para conquistar seus objetivos. É um ótimo trabalho do diretor Coogler em recontar a história de um lutador desacreditado que recebe a chance ao título, mas trazendo novos elementos, brincando com nossas expectativas e conseguindo até nos surpreender. A história de Adonis nos lembra muito a de Rocky apesar de ser diferente e até oposta em alguns momentos.
E Rocky e Donnie seguem juntos subindo as escadarias da Filadélfia porque como diz Donnie: “Se você luta, eu luto!”
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Nota do Sunça:
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