Lorraine Broughton (Charlize Theron), uma agente disfarçada do MI6, é enviada para Berlim durante a Guerra Fria para investigar o assassinato de um oficial e recuperar uma lista perdida de agentes duplos. Ao lado de David Percival (James McAvoy), chefe da localidade, a assassina brutal usará todas as suas habilidades nesse confronto de espiões.
115 min – 2017 – EUA
Dirigido por David Leitch e roteirizado por Kurt Johnstad. Com Charlize Theron, James McAvoy, Sofia Boutella, Toby Jones, John Goodman, Eddie Marsan, Bill Skarsgard e James Faulkner.
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“Atômica” define de vez Charlize Theron como uma heroína de ação. Em “Mad Max: Estrada Fúria” sua Imperatriz Furiosa já demonstrava como a atriz é talentosa no gênero. E aqui sob a direção de David Leitch, conhecido por seu trabalho na co direção de “John Wick: De Volta ao Jogo”, Charlize demonstra maestria nas cenas de ação. Em um momento onde a representatividade feminina no gênero se faz necessária é bom ver o empoderamento e força da personagem. Porém em alguns momentos o longa peca muito por objetificar e explorar a figura de sua protagonista.
O corpo de Lorraine (Charlize Theron) completamente machucado e imerso em uma banheira de gelo é a porta de entrada para a trama que se passa dias antes da queda do muro de Berlim. É um filme de espionagem situado durante a Guerra Fria. Baseada em uma grafic novel “The Coldest City”, a obra aborda seus acontecimentos em flashback, então após presenciarmos a protagonista exausta e cheia de marcas é que vamos descobrir o que aconteceu para que esse fosse o resultado. Enquanto acompanhamos seu depoimento na sede do MI6, descobrimos os acontecimentos que a levaram até ali. O roteiro aborda traições, listas importantes, agentes duplos e algumas revelações desnecessárias. Lorraine acaba envolvida com a MI6 e a CIA, além das agências de inteligência da França e da Alemanha. Um roteiro simples e frágil, ainda que se esforce para parecer mais complicado e inteligente do que de fato é.
Em ambos os filmes de “John Wick” as cenas de luta são um balé brutal, sequências realistas, porém exageradas e violentas. David Leitch trás para “Atômica” coreografias violentas, brutais e impactantes. Charlize convence nas lutas e enfrenta homens mais fortes e maiores. Para isso, utiliza tudo que tem de disponível a seu redor. Quando se depara com cinco inimigos em um quarto rapidamente incorpora no combate uma mangueira dourada, a qual ela maneja com maestria enquanto distribui socos e chutes. Isso, ao som de “Father Figure” de George Michael. Durante um plano sequência de mais de dez minutos, Lorraine têm um combate corpo a corpo com troca de tiros e facas enquanto desce uma escada. É uma luta brutal e realista, são longos planos que impressionam e contam com um posicionamento de câmera que permite acompanhar tudo sem se perder. Nos colocando dentro do conflito. Enquanto os personagens lutam seus corpos se machucam, deformam, sangram, o sentimento é de que acompanhamos um combate mortal. Em alguns momentos a protagonista e seus adversários precisam recuperar o fôlego e sofrem a cada impacto. E no fim, terminamos com uma ótima perseguição de carro.
A ação brutal do longa é combinada com uma interessante fotografia. Berlim é suja e neon, se inspira nos ícones dos anos oitenta. A trilha sonora acompanha e é fácil perceber canções como “Cities in Dust” de “Siouxsie And The Banshees”, “Under Pressure” do “Queen” e “Major Tom” do “Peter Schilling” fazendo parte da trama e compondo cenas. “Atômica” acerta na escolha de seu elenco e na parte técnica. Mas falha ao exagerar em reviravoltas e tornar sua trama mais complexa do que realmente ela é. Uma abordagem mais despretensiosa teria valorizado mais a obra.
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Nota do Sunça:
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